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segunda-feira, 19 de março de 2012

Fertilidade: mitos e verdades


1. Chegar ao orgasmo aumenta as chances de gravidez.
Mito Sabe-se, porém, que, durante esse momento de extremo prazer, o útero se contrai e, ao relaxar, pode provocar uma pressão negativa que facilitaria a ascensão dos espermatozoides. O orgasmo masculino, por outro lado, está diretamente ligado à fecundação. Quanto mais excitado o homem está, mais espermatozoides ele tende a ejacular.

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2. A alimentação influencia na fertilidade, por isso, as vegetarianas têm mais dificuldade para engravidar.
Verdade Mas com ressalvas. Uma boa alimentação é determinante para o funcionamento de todos os órgãos, por isso, qualquer deficiência nutricional pode prejudicar a saúde reprodutiva. A obesidade e o baixo peso também são nocivos, pois as alterações hormonais e inflamatórias que causam interferem em todas as etapas: ovulação, fecundação, implantação e manutenção da gravidez. O mais importante é que a alimentação seja composta por proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, minerais e vitaminas, ou seja, deve ser variada. No caso das vegetarianas, a fertilidade só é afetada se houver alguma deficiên­cia nutricional. Alguns nutrientes em especial têm influência direta sobre as chances de engravidar, como o selênio e o iodo, que equilibram a produção dos hormônios ligados à reprodução. A vitamina C protege os óvulos dos radicais livres, o ferro é necessário para a ovulação e a falta da vitamina D está ligada à dificuldade para engravidar.

3. Tomar pílula anticoncepcional por muito tempo diminui a possibilidade de ter um bebê. O mesmo acontece com a pílula do dia seguinte.
Mito Por serem bastante similares aos hormônios naturais da mulher, o estrogênio e a progesterona da pílula dificilmente trazem problemas a uma futura gravidez. Também não é necessário fazer pausas entre as cartelas e o retorno dos ciclos ovulatórios acontece logo no primeiro mês após a interrupção do tratamento. Em alguns casos, o uso da pílula até aumenta as chances de gravidez, pois ajuda no tratamento de problemas como endometriose, miomas e cistos — causas de infertilidade. Mas é importante lembrar que outros contraceptivos, como os injetáveis, podem, sim, dificultar esse processo em curto prazo, pois permanecem no organismo por um longo período. Segundo especialistas, a pílula do dia seguinte usada da maneira correta não tem qualquer ação positiva ou negativa sobre a fertilidade.

4. A posição na hora do sexo é determinante para engravidar.
Depende Essa questão divide os especialistas. A maioria afirma que as chances de fecundação são as mesmas independentemente da maneira como a relação acontece. Mas algumas teorias defendem que o ideal é que o sêmen seja depositado no fundo da vagina, facilitando o caminho dos espermatozoides pelas trompas de falópio para encontrar o óvulo. Ou seja, a gravidade poderia ser um problema quando a mulher está de pé, por exemplo. O quadro perfeito, então, seria o homem ficar por cima da mulher.

5. Mulheres que possuem ovário policístico não podem engravidar.
Verdade Mas com ressalvas: o fato é que elas encontram mais dificuldades. A síndrome do ovário policístico é uma desordem do sistema endócrino que provoca um desequilíbrio hormonal e é a principal causa de falta de ovulação e infertilidade. Pode provocar também sintomas como acne, manchas na pele, pelos em excesso e sobrepeso. Nessas mulheres costuma ocorrer ainda uma queda de 5% a 10% na fertilidade, porém quase 90% delas engravidam espontaneamente nos dois primeiros anos.

6. O estresse prejudica a fecundação.
Depende Este é mais um item que não tem um consenso. Uma revisão de 14 pesquisas sobre o assunto realizadas pelo Centro de Estudos de Fertilidade da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, mostrou que não há ligação entre os dois fatores. Mas alguns especialistas afirmam que isso pode não ser verdade. Eles dizem ter acompanhado casos de mulheres que só conseguiram engravidar naturalmente depois de terem o primeiro bebê por meio da fertilização in vitro ou quando estavam de férias. Mas, apesar de toda essa discussão, não há dúvidas de que o estresse tem influên­cia sobre os hormônios e, por isso, pode interferir na fecundação. Além disso, não se pode esquecer que passar por uma fase de nervosismo extremo pode prejudicar o desejo e a excitação.

7. Depois dos 35 anos fica mais difícil engravidar.
Verdade A partir dessa idade há uma redução na quantidade e na qualidade dos óvulos. Antes dos 35, a chance de engravidar gira em torno de 32% e entre 35 e 37 anos esse número cai para 26%. A prevalência de mulheres inférteis aos 35 é de 11% e aos 40, de 33%. A possibilidade de ter um filho cai em média 15% ao ano a partir dos 37.

8. Um aborto (espontâneo ou não) reduz as chances de a mulher engravidar novamente.
Mito O aborto em si não está diretamente ligado a impossibilidade de uma futura gravidez. Toda mulher que engravida corre 20% de risco de abortar, mas ele pode ser um sinal de que algo está errado e, por isso, a sua causa deve ser investigada. Quando isso acontece espontaneamente com menos de 12 semanas, o principal motivo é o defeito genético do embrião. Porém, se houver três ou mais abortos espontâneos, o casal deve ser minuciosamente avaliado, pois a chance de eles perderem um bebê no futuro é alta. Outro ponto importante é o atendimento pós-aborto. Todo procedimento cirúrgico, a curetagem ou histeroscopia cirúrgica, nesse caso, pode afetar a fertilidade por interferir na implantação do embrião, que adere ao útero para se desenvolver.

9. Quem tem o útero invertido tem mais dificuldade para engravidar.
Mito Na maioria das mulheres, a boca do órgão é voltada para frente, como se ficasse em pé no fundo da vagina, mas estima-se que de 15% a 25% das vezes ele esteja voltado para a região posterior do corpo. Estresse físico pós-parto ou envelhecimento natural podem causar o mesmo efeito. Mas o fato de o útero estar virado para um lado não prejudica a fertilidade. O que pode acontecer é que, nesses casos, haja maiores chances de a mulher apresentar endometriose, doença que pode afetar a fecundação.

10. Atletas ou mulheres que se exercitam demais podem ter maior dificuldade em engravidar.
Verdade Excesso de exercícios pode alterar a produção hormonal por vários motivos, inclusive pela diminuição exagerada da gordura do corpo, que é importantíssima na produção e na conversão hormonal — sua queda pode causar uma alteração (ou até suspensão) dos ciclos menstruais. A ovulação também pode ser prejudicada.

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