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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Bebê de SFI internado no Hospital Ferreira Machado com meningite Criança frequenta a creche do Centro. Exame irá apontar nos próximos dias qual o tipo de meningite.

A notícia da confirmação de um caso de meningite em uma criança de cinco meses que está matriculada na creche Jalily Pinheiro Acruche, no Centro de São Francisco de Itabapaona, causou muita preocupação para os moradores do município.

A criança foi internada com quadro febril no Hospital Geral de Guarus na manhã desta segunda-feira, 22, em seguida encaminhada ao Hospital Ferreira Machado. No Hospital Ferreira Machado foi constatado que a criança está com meningite. Trata-se de uma inflamação na meninge, a membranas que envolvem o cérebro.

O bebê foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Ferreira Machado, onde permanece internado. Por volta das 14 horas desta segunda-feira, foi feito o exame no liquor na medula para investigar qual o tipo de meningite, ou seja, qual foi o agente causador da doença. O exame leva de três a cinco dias para ficar pronto, e irá apontar se a meningite que acometeu o bebê é viral, bacteriana ou por fungos.

A adoção da quimioprofilaxia só deve ser feita apenas em casos de meningite meningocócica e meningite por Haemophilus Influenzae. Trata-se da administração de um medicamento conhecido como Rifampicina a indivíduos que tiveram contato próximo com a pessoa infectada.

Segundo o secretário de Saúde de São Francisco de Itabapoana, Sebastião Campista, não há nenhuma orientação médica para suspender as aulas na creche. “O que estamos pedindo é que os pais das crianças matriculadas na creche levem nesta quarta-feira o cartão de vacina de seus filhos, pois uma equipe da secretaria de Saúde irá fazer uma avaliação da cobertura vacinal nessas crianças”, disse.

Na noite desta terça-feira, a secretaria municipal de Saúde de São Francisco de Itabapoana se manifestou através de uma nota, que está postada na íntegra abaixo.

Nesta quarta-feira, 24, Sebastião Campista e a secretária de Educação e Cultura Yara Chintia estarão concedendo uma entrevista ao Jornal São Francisco é Notícia da Rádio São Francisco FM para esclarecer mais detalhes sobre o assunto.

Suposto segundo caso está descartado

Segundo o secretário de Saúde, outra criança matriculada na creche apresentou febre nesta terça-feira, 23, mas foi descartada a hipótese de meningite.

Nota da Secretaria Municipal de Saúde

Atendendo a solicitação da Prefeita Francimara Azeredo Barbosa Lemos, e no intuito de manter a população do Município de São Francisco de Itabapoana informada, a Secretaria Municipal de Saúde vem a público apresentar as seguintes informações:

1. Ontem, dia 22 de outubro de 2018, a Secretaria Municipal de Saúde tomou conhecimento da identificação de diagnóstico positivo para Meningite em uma criança munícipe de São Francisco de Itabapoana que, encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Ferreira Machado;

2. Minutos depois de tomar ciência do fato uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde de São Francisco de Itabapoana foi até o Hospital Ferreira Machado e, no intuito de obter as informações pertinentes ao caso, conversou com os profissionais que estavam trabalhando na assistência da criança;

3. As informações colhidas indicaram que a criança foi internada na UTI-Pediátrica do Hospital Ferreira Machado, do dia 21 de outubro de 2018, proveniente do Hospital Geral de Guarus para investigação e tratamento de quadro de febre permanente;

4. No Hospital Ferreira Machado os exames realizados e avaliação médica indicaram o diagnóstico de meningite, todavia, até o presente momento, não foi identificado agente infeccioso, sendo assim, até o momento, não há confirmação se a meningite diagnosticada é do tipo e viral ou bacteriana.

5. É sempre importante ressaltar que, conforme informa o Ministério da Saúde, a meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro ea medula espinhal, que podem ser causada por diversos agentes infecciosos, sendo as meningites bacterianas e virais as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico;

6. Desta forma, a atuação da Secretaria Municipal de Saúde quando diagnosticado caso de meningite, deve estar, necessariamente, associada ao seu agente infeccioso (viral ou bacteriana). Ficando claro que esse modo de agir e estabelecido pelos Departamentos de Vigilância do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, portanto, não é uma escolha do Secretário de Saúde ou da Prefeita do Município;

7. A Secretaria Municipal de Saúde está acompanhando o caso e aguardando a confirmação do resultado. Na manhã de hoje uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde realizou reunião com a Secretaria de Educação e com a Direção da Creche onde a criança está matriculada e amanhã, como medida preventiva, estará realizando o trabalho de verificação dos cartões de vacina das outras crianças matriculadas na creche.

8. Importante salientar que para a realização da prevenção primária o Ministério da Saúde disponibiliza vacinas para prevenção das principais causas de meningite bacteriana, conforme calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização. Desta forma é importante que os pais e/ou responsáveis verifiquem o Cartão de Vacina da criança e, em caso de dúvida, procure a Unidade de Saúde mais próxima da sua residência.


9. Finalmente, a Secretaria Municipal de Saúde informa que, como de costume, está tratando a questão com total seriedade, empenho e responsabilidade e pede a toda população para ajudar neste trabalho, evitando a veiculação de informações sobre fatos que não haja confirmação oficial.

São Francisco de Itabapoana, 23 de outubro de 2018



Leia mais sobre meningite abaixo:

MENINGITE – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO (Fonte: MD.Saúde)

Meningite é o nome que damos à inflamação da meninge, membrana que recobre o sistema nervoso central. A meningite é uma doença grave, potencialmente fatal, que costuma ser causada por agentes infecciosos, tais como bactérias, vírus e fungos.

A meningite meningocócica, que é um tipo de meningite bacteriana causada pela bactéria Neisseria mengitidis, é a forma mais temida, pois seu quadro pode ser rápido e devastador.

Neste artigo vamos explicar o que é uma meningite, quais são as suas causas, as formas de transmissão, os sintomas e as opções de tratamento possíveis.

O QUE É A MENINGE?

Do mesmo modo que o pulmão é envolvido pela pleura e o coração pelo pericárdio, o sistema nervoso central (cérebro e medula) é envolvido pela meninge. A meninge é uma membrana que serve como barreira física contra agentes infecciosos, sendo composta por três camadas (acompanhe o texto com a ilustração abaixo):

– Pia Mater: é a membrana mais próxima do cérebro

– Aracnoide: é a membrana do meio, localizada entre a pia mater e a dura mater.

– Dura Mater: é a membrana mais externa, próxima ao osso do crânio. É a camada mais grossa e opaca.

O liquor (líquido cefalorraquidiano) fica localizado entre a pia mater e a aracnoide.

Como já referido, meningite é o nome dado à inflamação das meninges. Em geral, a membrana aracnoide e o líquido cefalorraquidiano são as estruturas mais comprometidas.

Apesar de ser habitualmente causada por germes infecciosos, a meningite também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais.

Apenas as meningites bacterianas e virais são contagiosas.

TIPOS DE MENINGITE

A. MENINGITE BACTERIANA

A meningite bacteriana é a forma mais grave. Esta meningite costuma ser causada pelas bactérias Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae ou Neisseria mengitidis. Outras bactérias, como a Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo B também podem ser a causa, mas não são tão comuns como as três primeiras citadas.(leia: DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS)

Com a inclusão da vacina contra o Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae no calendário vacinal de vários países, a ocorrência de meningite por essas duas bactérias vem caindo drasticamente, principalmente entre as crianças. Porém, nos adultos que não foram vacinados, a incidência de meningite por S.pneumoniae ainda é alta. Atualmente, a Neisseria mengitidis, também conhecida como meningococo, é a principal causa de meningite bacteriana em crianças e adultos.

Algumas doenças de origem bacteriana, como a sífilis e a tuberculose também podem complicar, evoluindo com acometimento meníngeo.

B. MENINGITE VIRAL

A meningite também pode ser causada por vírus, normalmente da família dos Enterovírus. A meningite viral é menos agressiva que a bacteriana, com taxa de mortalidade bem mais baixa e com resolução espontânea, sem necessidade de tratamento específico, na maioria dos casos.

Os Enterovírus são os agentes mais comuns, porém, uma variedade de infecções virais podem complicar, acometendo as meninges, como, por exemplo:

HIV.Herpes.

Caxumba.

Varicela zoster (vírus da catapora e do herpes zoster).

Epstein-Barr vírus (vírus da mononucleose).

Citomegalovírus.

C. MENINGITE FÚNGICA

A meningite fúngica é uma forma rara, sendo, geralmente, resultado da propagação de um fungo através do sangue para as meninges. A meningite fúngica é típica de pacientes imunossuprimidos, como nos casos de portadores de AIDS ou câncer.



A meningite por fungos não é contagiosa e sua principal causa são os fungos Cryptococcus e Coccidioides.
COMO SE PEGA MENINGITE BACTERIANA?



O modo mais comum de contágio da meningite é através do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Ao contrário da crença popular, a meningite não é transmitida com tanta facilidade como a gripe, e um contato prolongado é necessário para o contágio. Familiares, colegas de turma, namorados e pessoas que residem no mesmo dormitório são aqueles com maior risco. A meningite é transmitida pela saliva, porém, compartilhar copos e talheres parece não ser um fator de risco grande. É preciso que esse comportamento se repita com frequência para haver um risco elevado. Já a troca de beijos, principalmente se de língua e prolongados, é um via perigosa de transmissão.

Contatos ocasionais, como apenas um comprimento, uma rápida conversa, ou dividir o mesmo ambiente por pouco tempo oferece pouco risco. Mesmo que durante uma aula você sente ao lado de alguém infectado, se esta exposição for menor do que seis horas, o risco de contágio é baixo.

As bactérias não sobrevivem no ambiente, não sendo necessário isolamento dos locais onde foi registrado algum caso. Fechamento de escolas e salas de aula são desnecessárias e só servem para causar pânico na população.

Não há risco de transmissão de meningite durante velórios. Primeiro, porque o falecido não respira e, portanto, não libera bactérias nas secreções respiratórias. Segundo, porque em um velório o tempo de exposição é bem menor do que seis horas.

A maioria das pessoas que se contaminam com o meningococo não desenvolvem doença. A bactéria fica na orofaringe durante algum tempo até ser eliminada pelo sistema imunológico. Apesar de não desenvolver a meningite, as pessoas contaminadas podem transmitir a bactéria para outras. Na verdade, apenas 1% das pessoas que têm o meningococo na saliva adoecem, o resto torna-se apenas transmissores assintomáticos e transitórios da bactéria.

Portanto, já se pode perceber que existe muito sensacionalismo em relação à meningite. Antes de entrar em pânico porque algum conhecido está com a doença, é preciso lembrar que nem todos os casos são causados por bactérias (os mais graves), que para haver contágio é necessário um contato mais próximo e prolongado, e que a maioria das pessoas contaminadas não adoece.

A meningite bacteriana também pode ocorrer sem ser por transmissão entre pessoas. Raramente, algumas infecções das vias áreas, como sinusites e otites podem complicar, evoluindo para acometimento das meninges. Usuários de drogas endovenosas ou pacientes com traumatismos cranianos, em que há exposição da meninge, também encontram-se sob risco de desenvolver meningites.

PREVENÇÃO DA MENINGITE

Todos aqueles que tiveram contato prolongado ou íntimo com um paciente com meningite bacteriana devem iniciar tratamento profilático com antibióticos nas primeiras 24 horas após a identificação do primeiro caso. Os contactantes devem ficar em observação por 10 dias (não é necessário internamento) e devem procurar atendimento médico ao surgimento de qualquer sintoma.

A profilaxia reduz em 95% a chance de infecção, além de eliminar o estado de portador assintomático da bactéria, reduzindo, assim, a cadeia de transmissão.

SINTOMAS DA MENINGITE

A meningite bacteriana é um quadro grave e agudo. Já a meningite viral não é tão grave e o paciente costuma melhor espontaneamente ao longo dos dias. O problema é que, habitualmente, não é possível distinguir uma meningite viral de uma meningite bacteriana apenas pelos sintomas. Inicialmente, todos os quadros de meningite são semelhantes.

A partir deste ponto, vamos nos ater mais aos sintomas da meningite bacteriana, pois esta é a forma mais grave.

O período de incubação da meningite bacteriana é, em média, de 3 a 4 dias. A maioria dos pacientes são internados 24 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas.


O quadro típico é de febre alta, rigidez da nuca, intensa dor de cabeça e prostração. A evolução para sepse é rápida, e quanto mais se posterga o início do tratamento com antibióticos, pior costuma ser o prognóstico.

A crise convulsiva também pode ser uma das manifestações inicias da meningite.

Na meningite pelo meningococo podem surgir um rash, que são lesões de pele avermelhadas que, às vezes, causa confusão com outras infecções, tais como rubéola, sarampo ou até dengue.

Quando a infecção ultrapassa as meninges e atinge o cérebro, temos o quadro de meningoencefalite, podendo ocorrer convulsões, coma e paralisia motora.

O diagnóstico é feito através da punção lombar, onde consegue-se aspirar o liquor para avaliação laboratorial. Através desta avaliação é possível determinar não só a existência de meningite, como também a sua causa.

Para saber mais detalhes sobre os sintomas da meningite viral ou bacteriana em adultos e crianças, leia: SINTOMAS DA MENINGITE.

TRATAMENTO DA MENINGITE

Até o advento dos antibióticos no início do século passado, a meningite era uma doença com mortalidade próxima dos 100%. Ainda hoje, com todos os avanços, pelo menos 15-20% das meningites bacterianas evoluem para óbito. Trata-se, portanto, de uma doença muito séria.



A meningite bacteriana é uma emergência médica e o tratamento com antibióticos intravenosos deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência logo após a realização da punção lombar. A demora de apenas algumas horas pode ter influência no prognóstico. Se há suspeita de meningite, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para um setor de emergência.

Na meningite viral, antibióticos não são necessários e muitas vezes o paciente nem sequer precisa ser internado. O tratamento é apenas com sintomáticos. O quadro só é preocupante em recém nascidos. Porém, a distinção com a meningite bacteriana não possível de ser feita apenas pelo quadro clínico, sendo a avaliação médica indispensável e urgente. O diagnóstico diferencial costuma ser feito através dos resultados da aspiração do liquor pela punção lombar.

VACINA PARA MENINGITE

Como já explicado, a meningite pode ser causada por mais de um tipo de bactéria, por isso, não existe uma vacina única que previna todos os casos. Todavia, há vacinas individuais contra as principais bactérias. A vacina contra Haemophilus influenzae já faz parte do calendário básico de vacinação. Também já existe vacina para o Streptococcus pneumoniae, bactéria muito associada à pneumonia, otites e sinusites, mas que frequentemente é causa de meningite.

A Neisseria meningitidis, a bactéria causadora da famosa meningite meningocócica, que costuma ser a forma mais grave de meningite bacteriana, apresenta uma particularidade. Esta bactéria possui 13 sorogrupos diferentes. 8 destes sorogrupos são responsáveis por quase todas as epidemias de meningite meningocócica: A, B, C, X, Y, Z, W135 e L, sendo B e C os mais comuns.

Atualmente existe vacina individual apenas contra o meningococo C e uma vacina conjugada que atua contra os meningococos A, C, Y e W135.FONTE VN

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