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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Rafael Henzel recebe visita da mãe de Danilo e deixa hospital ao lado do filho Um dos seis sobreviventes do acidente com avião que levava delegação da Chapecoense, jornalista recebeu alta hospitalar na noite desta segunda-feira Por SporTV.

Um dos seis sobreviventes do acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense no último dia 29, o jornalista Rafael Henzel recebeu uma visita especial pouco antes de ter alta hospitalar, na noite desta segunda-feira. Henzel conversou com Ilaídes Padilha, mãe do goleiro Danilo, um dos destaques da Chape em 2016 e que faleceu no acidente.
- Antes de deixar o hospital, uma surpresa. Dona Ilaídes, mãe do eterno Danilo, veio me dar um abraço. Que as narrações que fiz quando de suas defesas heróicas possam ficar de lembrança de nosso ídolo. Mulher de garra. Exemplo - escreveu o narrador em uma rede social, ao lado de uma foto abraçado com Ilaídes.
Antes de deixar o hospital, Rafael Henzel recebeu a visita de Ilaídes Padilha, mãe de Danilo (Foto: Reprodução)Com uma camisa da Chapecoense, Henzel saiu do hospital às 21h48 (de Brasília), ao lado da esposa Jussara e do filho Otávio, de 11 anos. Sorridente e aplaudido, o jornalista deixou o local em uma cadeira de rodas e se levantou para entrar em um carro particular, para seguir com o tratamento em casa.
- Obrigado por tudo. Vida nova agora. Vamos lá - disse ao entrar no carro.
Ele ficou internado durante 21 dias. No acidente, o jornalista sofreu fraturas em sete costelas e no pé direito. Foram 15 dias de tratamento na Colômbia, até sua transferência para Chapecó, na terça-feira da semana passada. Em entrevista coletiva pela manhã (no vídeo acima), o locutor afirmou que espera voltar a trabalhar em breve e marcou as datas: pretende estar na rádio Oeste Capital no dia 9 de janeiro e espera narrar o primeiro jogo da Chape na próxima temporada, contra o Joinville, pela Primeira Liga.
- Tenho minha data: dia 9 de janeiro, eu quero voltar a trabalhar. E dia 25 de janeiro, eu quero narrar Joinville x Chapecoense. Não sei como eu vou subir naquelas cadeiras lá, se eu estiver com alguma dificuldade para caminhar, por causa das lesões. Mas não quero saber, dia 25, Joinville x Chapecoense, eu vou estar lá. Eu não vou deixar passar. Eu tenho um dever muito grande com a comunidade de Chapecó, que acreditou. Se eles acreditam, eu vou fazer. Vou para casa, mas vou ficar completamente no tratamento que resta, para eu voltar com tudo e com força, para dia 9 voltar a trabalhar na rádio e, a partir do dia 25, se Deus quiser, acompanhar todos os jogos da Chapecoense - disse o narrador.Rafael lembrou dos últimos momentos antes do acidente e afirmou que não houve nenhum sinal de que o voo estava com problemas.
- Nós não imaginávamos, o voo foi indo, indo, indo. A gente perguntava para a comissária e ela falava: "Dez minutos, dez minutos". Por dez minutos, perdemos 71 pessoas. Era o tempo que faltava para pousar no aeroporto (...) Quando eu acordei, eu levei um susto. Porque o avião não caiu, não despressurizou a cabine, não caiu máscara de oxigênio. Ele simplesmente bateu no cerro. Pelo que eu entendi, fiquei na parte de cima. O resto do avião foi descendo a ribanceira. As buscas começaram lá por baixo. Eu despertei, vi algumas luzes. Eu não tinha noção do que poderia ter acontecido. Eu não via ninguém ao meu redor. O banco estava intacto. De repente, se não tivesse aquelas duas árvores, a gente seria lançado sabe-se lá aonde. Foi um milagre.
Dos seis sobreviventes do acidente aéreo, dois seguem internados: o zagueiro Neto e o goleiro Jackson Follmann. Neto tem possibilidade de receber alta nesta quinta-feira e passar o Natal em casa com os familiares.

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