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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Havia braços e pernas entulhados, relata juiz que visitou presídio no AM Luís Carlos Valois foi a complexo penitenciário para ajudar a liberar reféns. 56 presos morreram em rebelião, o maior massacre desde o Carandiru.

02/01/2017 19h34 - Atualizado em 02/01/2017 20h20
Havia braços e pernas entulhados, relata juiz que visitou presídio no AM
Luís Carlos Valois foi a complexo penitenciário para ajudar a liberar reféns.
56 presos morreram em rebelião, o maior massacre desde o Carandiru.
Do G1, em São Paulo

O juiz da Vara de Execuções Penais do Amazonas que visitou o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) durante a rebelião que matou 56 presos em Manaus relatou ter visto corpos esquartejados e sem cabeça no local. Luís Carlos Valois foi ao complexo na noite de domingo (1º) para ajudar nas negociações para a libertação dos reféns. A rebelião terminou nesta segunda-feira (2), após mais de 17 horas.02/01/2017 19h34 - Atualizado em 02/01/2017 20h20


O juiz da Vara de Execuções Penais do Amazonas que visitou o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) durante a rebelião que matou 56 presos em Manaus relatou ter visto corpos esquartejados e sem cabeça no local. Luís Carlos Valois foi ao complexo na noite de domingo (1º) para ajudar nas negociações para a libertação dos reféns. A rebelião terminou nesta segunda-feira (2), após mais de 17 horas.Em 20 anos de vara de execução penal, eu nunca vi algo parecido. Foi uma cena dantesca, de braços e pernas entulhados em contêiner, com corpos esquartejados, sem cabeça, cabeça jogada para um canto, coisa que eu nunca vi na minha vida. Eu sinceramente estou chocado. Ainda não me recuperei totalmente do que eu vi naquela penitenciária”, diss Valois à GloboNews.
O juiz foi ao presídio a pedido da Secretaria de Segurança Pública. Quando chegou ao local, a polícia informou que as mortes já haviam ocorrido – a situação de crise no momento eram os funcionários do sistema penitenciário que ainda eram feitos reféns.
“A nossa preocupação era tirar os funcionários que estavam correndo risco de vida. Os presos que tinham morrido, que morreram na rebelião, a desgraça já tinha acontecido”, disse o juiz. Inicialmente, o governo informou que cerca de 60 presos haviam morrido.
Ainda segundo Valois, os presos não sabiam que havia uma câmera filmando a movimentação – com as imagens, seria possível identificar quais foram os presos que cometeram os crimes. “Se a polícia quiser identificar cada um dos criminosos que cometeram aquela barbaridade, ou pelo menos que estavam comandando aquilo lá, é muito fácil de identificar porque tinha uma câmera 24 horas ligada”, afirmou o juiz. “Não precisa saber quem enfiou a faca, quem cortou a cabeça, precisa saber quem estava comandando aquilo.”

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