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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

dá um certo alívio, diz pai de jovem morta por asfixia com o namorado em são gonçalo



O casal de namorados Verônica Souza e Diogo Moreira morreu dentro do casal, na garagem de casa, em São Gonçalo
O casal de namorados Verônica Souza e Diogo Moreira morreu dentro do casal, na garagem de casa, em São Gonçalo Foto: Reprodução

O carteiro Átila Guimarães Mendes Franco, pai da auxiliar de escritório Verônica de Souza Leão, de 21 anos - morta asfixiada com o namorado, o cabo da Marinha Diogo Moreira Quadros, de 23 - conta que a família está mais aliviada com a conclusão do laudo feito pela perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O documento mostrou que o casal levou meia hora para morrer e foi vítima da “morte doce”. Os corpos dos dois foram encontrados dentro do carro, na garagem da casa no bairro da Covanca, em São Gonçalo, onde os dois iriam morar após o noivado, que estava marcado para a noite de Natal. De acordo com os peritos, a “morte doce” é quando há inalação de monóxido de carbono e produz-se sem que as vítimas se “deem conta do perigo” ao cair em “estado de estupor”.
- Dá um certo alívio, sim. Se fosse de outra forma, seria muito pior - contou Átila.
Para ele, o laudo só veio confirmar a tese da família de Verônica e Diogo de que a morte do casal foi acidental. Ontem, o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), disse ao EXTRA que o resultado da perícia comprovou que o monóxido de carbono gerado pelo cano de descarga do carro acabou entrando pelos dutos do ar condicionado do veículo:
- Eles nunca deram nenhum indício de que iam cometer suicídio. Pela alegria, pelo noivado, pela proximidade do matrimônio, eles não fariam isso. Acreditamos que foi mesmo um acidente.
Cátia Mariah Moreira Quadors, irmã do Diogo, tem a mesma opinião:
- Ainda estamos muito abalados. Mas acreditamos nisso.
Um mês
No próximo domingo, dia 13 de janeiro, a morte de Verônica e Diogo completa um mês. Na época, as duas famílias chegaram a montar uma grande mobilização com a distribuição de cartazes em comércios, delegacias e hospitais nos dias em que o casal esteve desaparecido. Os dois foram vistos pela última vez em 13 de dezembro. Quando os corpos foram encontrados, sete dias depois, os parentes já tinham a certeza de que os dois haviam morrido de forma acidental.
Diogo e Verônica foram vistos pela última vez através de uma câmera de circuito interno de um supermercado, em Niterói. Eles foram ao local para fazer compras. No carro, a polícia encontrou vestígios de que eles ainda se alimentaram antes de morrer. Vizinhos contaram que era comum Diogo estacionar o carro na garagem da casa.
Corpo de Verônica Leão foi sepultado ao lado do de Diogo em Niterói
Corpo de Verônica Leão foi sepultado ao lado do de Diogo em Niterói Foto: Roberto Moreyra / EXTRA
Investigação
O delegado Wellington Vieira informou que pretende ainda ouvir outras testemunhas e familiares para então poder concluir o inquérito. Ele está também à procura da pessoa que teria encontrado os corpos dentro da garagem. O delegado afirmou ainda que o laudo de necrópsia acabou sendo inconclusivo.
Na ocasião, o perito criminal Mauro Ricart já havia adiantado que, em casos como esse, o cano de descarga do carro joga gás carbônico (proveniente da queima de combustível) para a garagem, enquanto o ar condicionado puxa esse ar poluído para dentro do veículo.
- A pessoa se coloca numa câmara de gás. Mais cedo ou mais tarde, aquilo vai contaminar todo mundo ali, é uma morte sorrateira. Com gasolina, álcool ou gás (combustível do carro), o efeito é o mesmo - disse o perito.


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