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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cabral chega a Bangu 8 após fazer exames no IML Ex-governador do Rio foi preso em seu apartamento nesta quinta-feira

RIO - O ex-governador do Rio Sérgio Cabral chegou no início da noite desta quinta-feira ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, após fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Ele foi recebido por manifestantes presentes no local, que comemoraram a prisão com fogos e espumante. Pela manhã, agentes da Polícia Federal e da força-tarefa do Ministério Público Federal do Rio cumpriram dois mandados de prisão preventiva contra o ex-governador e outras nove pessoas ligadas ao peemedebista. O ex-governador é suspeito de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras. O ex-governadorAnthony Garotinho - preso ontem por compra de votos nas eleições municipais deste ano em Campos dos Goytacases, norte fluminense - também deve ser levado para o Complexo de Gericinó, em Bangu.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que Cabral foi recebido na Cadeia Pública José Frederico Marques, porta de entrada no sistema e, em seguida, foi encaminhado para Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. Em nota, a Seap informou que Cabral terá direito a banho de sol, refeições e visitas após o cadastramento, como todos os presos.Em relação ao tipo de refeição, o cardápio de almoço e jantar é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. No café da manhã, são servidos pão com manteiga e café com leite. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Mulher de Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo também foi alvo da Operação Calicute, como foi batizada a ação da Polícia Federal. No entanto, ela foi levada para sede da PF em condução coercitiva e liberada após prestar depoimento. A ex-primeira-dama do Rio chegou a ter a prisão temporária pedida pelo MPF, mas o juiz Marcelo Bretas negou
Além de Cabral, foram presos preventivamente Wagner Jordão Garcia (ex-assessor do ex-governador), o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, com dois mandados de prisão também (temporária e preventiva), o ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga, o ex-assessor do governador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, o Carlinhos, ex-marido de uma prima de Cabral, José Orlando Rabelo, apontado como operador, Luiz Carlos Bezerra e Luiz Paulo Reis (sócio de Hudson). Luiz Paulo Reis se entregou na PF de Volta Redonda.

Foram presos temporariamente, por cinco dias renováveis, Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves (assessor de Carbral) e Alex Sardinha da Veiga (da construtora Oriente).
Outras 13 pessoas também foram levadas coercitivamente para depor: Jéssica Machado Braga, Rosângela de Oliveira M. Braga, Ângela Fátima Sivero Garcia, David Augusto Câmara Sampaio Paulo Mancuso Tupinambá, Adriano José Reis Martins, Jaime Luiz Martins, Carlos Jardim Borges (proprietário do hotel Portobello Resort), Luiz Alexandre Igayara, Sônia Ferreira Baptista, Luciana Rodrigues, Pedro Ramos Miranda e Gustavo Ferreira Mohammad.



Se a Operação Lava-Jato de Curitiba descobriu o "pixuleco", termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ao se referir à propina cobrada de empreiteiras, o dinheiro de corrupção no governo Cabral também tinha um vocáculo próprio: "oxigênio". Era assim que o ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga (novembro de 2011 a dezembro de 2014) tratava o suborno exigido das empresas nos grandes contratos de obras, de acordo com a delação premiada das empreiteiras.

Responsável pela Operação Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro usou a situação das contas públicas do Rio como uma das justificativas para decretar a prisão preventiva de Sérgio Cabral. O magistrado classificou as provas reunidas pela Força-Tarefa como uma “prática profissional e sofisticada de crimes” contra a administração pública e determinou o bloqueio de até R$ 10 milhões das contas de Cabral, da ex-primeira dama Adriana Ancelmo, do seu braço direito e ex-secretário de governo, Wilson Carlos, e de Carlos Emanuel de Cavalho Miranda, o Carlinhos, apontado como um dos operadores do esquema.









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