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quarta-feira, 13 de abril de 2022

Mãe de Eliza Samudio pede ajuda na internet após marido entrar em estado vegetativo: 'referência de pai para Bruninho' Hernane Silva de Moura é casado há mais de 20 anos com Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio. Segundo a esposa, uma das paradas cardíacas durou 40 minutos.

Sônia luta para manter a casa em que mora com o neto. — Foto: Reprodução/RedesSociais A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, vive mais um momento de dor. Segundo ela, desde o início do mês de abril, o esposo Hernane Silva de Moura, 52 anos, está em estado vegetativo após diversas paradas cardiorrespiratórias. Como Hernane era o único provedor da família, agora Sônia pede ajuda para custear os gastos domésticos até saber como se manterá com o neto Bruninho.O menino de 12 anos é filho de Eliza Samudio e do goleiro Bruno. Eliza desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi encontrado. Bruno foi condenado por homicídio triplamente qualificado e pelo sequestro e cárcere privado do filho, recém-nascido na época do ocorrido. Em fevereiro deste ano, o goleiro inaugurou uma loja de açaí, no Rio de Janeiro.Hernane é tido pela família como pai de criação de Bruninho. Em 2022, o menino completou 12 anos sem nunca ter recebido pensão do pai, com o qual nunca teve contato, diz a avó materna.
Eliza Samudio e o goleiro Bruno Fernandes — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal / TV Globo “A referência de pai para Bruninho é só o Hernane, porque ele não tem outro pai. Esse era o pai que era provedor, que levava ele para os treinos, jogos. É o pai que sempre saía com ele, levava ele na pescaria quando ele queria pescar. Era companheiro, amigo”, relata Sônia. Estado vegetativo Atualmente, o estado de saúde de Hernane é considerado pelos médicos que o atendem como vegetativo. O padrasto de Eliza teve a primeira parada cardíaca em 1º de março. Conforme Sônia, a reanimação durou 40 minutos. “Ele voltou, mas quando chegou ao hospital teve uma nova parada de 20 minutos”, detalha.Para manter Hernane vivo, os médicos recorreram à intubação. “Ele ficou nove dias entubado, depois começaram a fazer a retirada da sedação, ele começou a interagir com a gente e depois ele foi mandado para o quarto, na quarta-feira [30 de março]”, diz Sônia. No entanto, conforme Sônia, dois dias depois ele teve uma nova parada respiratória e as consequências da falta de oxigênio no cérebro atingiram níveis irreparáveis. De acordo com a Santa Casa de Campo Grande, onde Hernane está internado desde a primeira parada, o paciente tem graves sequelas neurológicas. “Paciente segue internado na ala de Cuidados Paliativos devido às sequelas após uma parada cardíaca com ressuscitação bem sucedida. O paciente está internado no Cuidados Paliativos a pedido da família que foi informada das sequelas que ele adquiriu após ter tido a parada cardíaca e que as mesmas são irreversíveis”, detalha o hospital em nota enviada ao g1. Sônia conta que anteriormente à última parada, Hernane conversava com os familiares, contava o que estava sentido, mas que agora a realidade mudou. “Simplesmente a gente vai lá, conversa [com ele], mas ele passa a maior parte do tempo dormindo. Ele não tem reação nenhuma, você fala, ele não responde, a única coisa que ele faz é abrir e fechar os olhos. [...] Mas, a gente crê que para Deus nada é impossível”, pontua a mãe de Eliza. Ajuda na internet Era Hernane quem custeava os gastos domésticos enquanto Sônia dedicava-se ao cuidado da casa e à criação do neto. Devido ao ocorrido com o esposo, Sônia passou a pedir ajuda financeira na internet, por meio de uma vaquinha. Clique aqui para acessar. “Não é fácil pedir ajuda, mas em meio à dor e sem recursos, pois como todo trabalhador honesto deste país, não tínhamos nenhum recurso guardado, o mínimo que havia foi gasto nestes 45 dias, apelo para quem puder contribuir”, escreveu Sônia na publicação da vaquinha. Ela esclarece que o dinheiro arrecadado visa pagar os “gastos com todas as despesas, com aluguel, comida, energia, remédio até conseguir novamente sobreviver a esta tragédia”. Desde a internação de Hernane, Sônia e Bruninho têm vivido com a ajuda de familiares. “Além dele [Hernane] ser o meu companheiro por 27 anos, que é uma vida, tem a questão da mãe dele também que mexe muito comigo. Ela já é uma senhora de 80 anos e agora está passando por esse período de dor, é difícil”, diz. Sônia relata que a sogra está morando com ela desde a internação de Hernane. Na casa, ela divide com a sogra um sentimento que conhece há anos: a dor de viver sem a presença de um filho.

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