TESTER

WEB RÁDIO TROPICAL

terça-feira, 29 de março de 2016

Corpo de menino de 4 anos baleado no Rio será enterrado nesta terça

Ryan foi atingido durante troca de tiros entre criminosos em Madureira.
Enterro será às 16h, no Cemitério de Irajá.
O corpo do menino Ryan Gabriel, de 4 anos, será enterrado na tarde desta terça-feira (29), no Cemitério de Irajá. Ryan foi baleado no domingo (27) em Madureira, Subúrbio do Rio, enquanto brincava na porta da casa dos avós, quando acontecia um tiroteio entre criminosos dos morros da Serrinha e do Cajueiro.
Nesta segunda-feira (28), a família da criança só conseguiu a liberação do corpo após cinco horas de espera no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o laudo da necrópsia, a causa da morte de Ryan foi hemorragia interna, causada por perfuração da artéria subclava direita, provocada por objeto perfuro-cortante. "Achei que fosse mais rápido. A gente sofre para tudo", explicou um parente de Ryan, que preferiu não se identificar. No IML alguns funcionarios fazem greve.
A mãe de Ryan Gabriel, Taiane Pereira da Silva, de 20 anos, permaneceu todo o tempo de espera pela liberação do corpo do filho sentada em uma mureta ao lado de um jardim, sendo amparada pela família e levantando poucas vezes. Sem condições de falar, a jovem só chorava e lamentava.
"Eu perdi o meu filho. Eu não acredito que perdi meu filho", repetia a mãe.Em protesto pela morte, a Avenida Edgar Romero, em Madureira, foi fechada na tarde desta segunda-feira. Pelo menos dois ônibus foram queimados no local.
Imagens do circuito interno de câmeras do Consórcio BRT registraram o momento em que um grupo invadiu e depredou a Estação Otaviano, no Corredor Transcarioca. Ainda na manhã desta terça, a Estação Otaviano e Vila Queiroz continuavam fechadas e sem previsões de reabertura.
A confusão e ações de vândalos que culminaram na depredação ocorreram por volta de 13h, quando manifestantes tomaram a Edgar Romero em protesto Sonhava em ser militar
Milton do Amparo, de 48 anos, avô do menino, conta que tem sete netos, mas Ryan Gabriel era o mais agarrado com ele. O menino o estava visitando quando foi atingido pelo disparo.
"Ele adorava me visitar nos fins de semana, ele gostava de ficar com a gente", contou o avô, emocionado.
Ryan sonhava em entrar para o Exército desde o último feriado de Sete de Setembro, quando os avós o levaram para ver a parada militar.
"Ele achava bonito marchar, sonhava em andar de moto e naqueles cavalos do Exército. Via os comboios com soldados na rua e falava: 'Olha o marcha soldado, vovô'. E eu dizia que ele poderia ser um, se estudasse", relembrou Milton do Amparo.pela morte do menino Ryan Gabriel.Tentando realizar o sonho do neto, ele comprou uma motoicleta elétrica no Natal. Por um erro, o brinquedo foi entregue no local errado e a família entrou na Justiça para buscar uma indenização.
"Mesmo atrasado, ia valer a pena receber a moto se ele estivesse aqui. Mas e agora, sem o Ryan? O que vamos fazer?", perguntou o avô.
MIlton contou que Ryan estava ao lado dele quando foi baleado.
"Quando deu o tiro, eu puxei ele, ele caiu no chão. Quando levantei ele, já tava alvejado com a bala. O médico disse que a bala entrou nas costas e saiu no peito. Num domingo de Páscoa, ninguém acredita que vá acontecer uma coisa dessa. O único ovo que ele comeu foi um coelhinho que eu dei para ele", acrescentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário