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segunda-feira, 21 de março de 2016

Dia Internacional da Síndrome de Down

Por: Andressa Amaral
Neuropsicopedagoga
Quando chegamos ao mundo, no seio de nossas famílias, num primeiro momento,

Surgem em nossos pensamentos algumas indagações…

Afinal nós não somos iguais, porque somos especiais?

E por sermos especiais já surgimos de uma mutação genética, e por isso em nossos cromossomos, temos mais um. O que nos faz termos em nossa herança a trissomia do cromossomo 21.

E por esta diferença, nossa chegada é diferente. Será como nossos pais se sentem?

Afinal, será que somos como eles esperavam? Que já no ventre imaginavam?

E aí nosso coração pergunta: O que temos a oferecer, a todos que nos aguardavam, já que não somos o que esperavam?

Nossos olhos são pequenos e puxadinhos, mas nós vemos como heróis, nossos lindos papaizinhos.Podemos até demorar, um pouco mais para ler, mas isso não elimina nossa capacidade em aprender.
Queremos ter autonomia, crescer e viver normalmente, não simplesmente sermos vistos como uma trissomia.
Nossa lentidão pra andar e pra falar, a muitos deve incomodar, mas isso não diminui nosso desejo de buscar.Às vezes todos nos olham, e pensam: nossa eles são tão diferentes!!! Curioso é que poucos veem: que lindos… são gente como a gente.

Ainda bem que existe no mundo, um lugar de grande alegria, o motivo de nosso sucesso, o que nos faz entender a vida, superar nossas diferenças, onde durmo e sempre há alguém em vigília, este lugar que tanto amo é o que chamamos família.

E por isso, quem de nós vive em família, temos certeza que o fato de sermos diferentes, não muda como nossos pais se sentem!!!
Eles fazem de nossa chegada um motivo a mais pra viver, pois pra eles somos tudo e precisamos crescer.

A cada conquista que temos, um passinho que nós damos, um B A BÁ que falamos, uma letrinha que identificamos, são joias ao tesouro da família que ganhamos.
Sei que nossos olhos puxados, e os dedinhos alargados são brilhantes aos corações de nossos pais tão amados.Fica o desejo então, às famílias que nos recebem filhos de sangue ou do coração, que nos vejam neste dia 21 com os olhos do coração e vivam esta inefável missão: De entender que a Síndrome de Down é apenas uma trissomia de um cromossomo, fruto de uma mutação, e que jamais pode ser vista como forma de exclusão, num mundo onde a bandeira é o lema de inclusão.

E com a escrita da alma, nesta data tão especial, peço licença à ciência, para discorrer com o coração, acerca destes anjos lindos, que me ensinam um mundo novo a cada dia.

Que neste dia 21, ninguém me leve a mal…

Mas estas simples palavras dedico aos meus amados pacientes e a todos portadores de Síndrome de Down.

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