A família do professor de futebol Max Alberto Martins da Silva, 35 anos, autorizou a doação de órgãos dele após ser constatada morte cerebral, nesta segunda-feira (5). Max matou a mulher com um tiro na cabeça, em Andradina (SP), no domingo (3), e depois se deu um tiro.
O procedimento para retirada dos órgãos foi realizado nesta terça-feira (6), na Santa Casa de Araçatuba (SP).
O primeiro órgão a ser retirado e levado foi o coração. Cirurgiões do Instituto do Coração de São Paulo estiveram em Araçatuba para participar da captação e em seguida eles mesmos iam fazer o transplante no paciente na capital paulista.O órgão foi levado ao aeroporto com apoio da Guarda Municipal de onde ia seguir em voo fretado.
Segundo o médico Rafael Saad, o tempo entre a captação do coração e o transplante precisa ser feito em no máximo quatro horas. “Se o transporte não permitir esse tempo, por causa de falta de aeroporto ou algo do tipo, isso incapacita o transplante de algum órgão”, afirma.
Quinze minutos depois os médicos do Hospital Bandeirantes, também de São Paulo, saíram com o pâncreas, órgão que também seria transplantado ainda nesta terça-feira (6). Os rins e o fígado também seriam retirados e levados para o Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP).
Médicos saem com o coração da Santa Casa de Araçatuba e será transplantado em São Paulo — Foto: Reprodução/TV TEM Médicos saem com o coração da Santa Casa de Araçatuba e será transplantado em São Paulo —Crime dentro de casa
O crime aconteceu na casa onde o casal morava, no Centro de Andradina. Durante uma discussão, Max atirou na testa de Daniele Batista Martins da Silva, de 25 anos, e depois disparou contra si. A jovem também chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.
O casal foi trazido para a Santa Casa de Andradina. Daniele morreu ainda durante o atendimento no hospital. Já Max foi transferido em estado gravíssimo para a UTI da Santa Casa de Araçatuba.
Daniele foi enterrada na manhã desta segunda-feira no cemitério São Sebastião, em Andradina. Max teve morte cerebral confirmada pelo hospital durante a tarde.
O caso está sendo investigado como feminicídio, na Delegacia de Defesa da Mulher da cidade. “Instauramos inquérito e no decorrer da semana vamos ouvir testemunhas, familiares, conhecidos do casal para corroborar com homicídio passional ou não”, afirma a delegada Michelly da Silva Miliorini.
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