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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Temporal em Petrópolis deixa 117 mortos; Polícia Civil confirma 116 desaparecidos Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores. Ao todo, 33 corpos foram identificados. No fim da tarde, voltou a chover forte na região, e as buscas a desaparecidos foram suspensas.

O número de mortos em Petrópolis após a tempestade de terça (15) chegou a 117 até as 19h35 desta quinta-feira (17). Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Desses, 13 são menores. Ao todo, 33 corpos foram identificados.O tempo permanece instável em Petrópolis. Às 17h40, voltou a chover forte. A Defesa Civil acionou as 14 sirenes do primeiro distrito, para aviso de previsão de chuva forte na região. Por causa do mau tempo e do terreno instável, as buscas a desaparecidos foram suspensas para garantir a segurança das equipes.
Também nesta tarde, um novo deslizamento provocou a evacuação do bairro 24 de Maio. Uma moradora contou que uma barreira passou a um palmo da casa dela. Segundo a Polícia Civil, foram feitos 116 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos desses já foram encontrados. A Delegacia de descoberta de paradeiros (DDPA) mandou quase todo seu efetivo para Petrópolis. Quatro equipes estão fazendo uma varredura em hospitais, abrigos e escolas para identificar as pessoas desaparecidas. "As pessoas que perderam entes queridos não têm condição de ir a uma delegado fazer registro de desaparecimento. Então, montamos esse mutirão, indo nos locais, para pegar nomes, dados, roupas que essas pessoas estavam usando na hora, tudo pra facilitar essas identificações", explicou a delegada Ellen Souto.Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis. Ainda de acordo com o Cemaden, estes fatores indicam um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva. Na manhã desta quinta, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre e a Alerj vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura de Petrópolis. O governador Cláudio Castro (PL) esteve na cidade da Região Serrana na quarta-feira (16). Ele concedeu uma coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro. Corpo da filha de mulher que usou enxada para buscar parentes em Petrópolis é reconhecido "Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", atualizou o governador.A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas. Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia. A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta (veja no vídeo abaixo). Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível. Em nota, a Polícia Civil informou que montou uma Força-Tarefa em Petrópolis. Cerca de 200 policiais, entre peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da Região Serrana atuam no apoio terrestre e aéreo no município.Cidade sob a lama Logo cedo nesta quarta-feira, era possível ver o tamanho da devastação — embora, em muitos locais, fosse difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua. Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
Segundo Castro, o temporal em Petrópolis uniu 'tragédia histórica' e 'déficit que realmente existe'. Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em igrejas e escolas da rede pública municipal. Entre os sobreviventes, os rodoviários que trabalhavam nos dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sair dos veículos com vida. A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) nesta quinta-feira (17).

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