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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA IMPACTA O DESENVOLVIMETO CEREBRAL EM CRIANÇAS

As áreas afetadas podem diferir nos meninos e meninas, e isso também depende da idade em que ocorrerem os maus tratos, nível de exposição a esses eventos e também se a violência foi física ou psicológica.

O estudo, feito pela Faculdade de Medicina de Yale, nos EUA, foi publicado no periódico Archives of Pediatric Adolescent Medicine e acompanhou 42 adolescentes com histórico de abusos paternos. Esses indivíduos mostraram que os maus tratos podem influenciar até mesmo no volume da massa encefálica. Nenhum deles, entretanto, apresentava problemas de transtornos mentais ou outros problemas neurológicos.

“Esses adolescentes podem não terem sido diagnosticados para nenhum problema de saúde, mas agora há evidências físicas de que a violência familiar pode impactar o organismo nessa intensidade. Talvez essas alterações possam explicar outros problemas que se desenvolvem com o passar da idade, como pior engajamento nos estudos e a maior vulnerabilidade à depressão e transtornos do comportamento", afirma a principal autora do estudo, Hillary Blumberg.

Impacto diferente nos dois sexos

A redução da matéria cinza do cérebro foi observada em todos os adolescentes. Aqueles em que o histórico de saúde apontava para violência psicológica também apresentaram as áreas do cérebro relacionadas com a regulação da emoção mais afetadas.

Além disso, nos meninos, as áreas que controlavam o impulso foram afetadas mais intensamente do que nas meninas. Entre elas, as áreas relacionadas com a depressão se desenvolveram menos.

Os pesquisadores, entretanto, dizem que os déficits observados provavelmente não são permanentes. “Nos adolescentes, o cérebro têm uma grande plasticidade, um termo que define a facilidade do cérebro em rearranjar as funções de forma natural e se adaptar. Por isso, é importante saber quando há violência doméstica e ajudá-los o mais rápido possível”, finaliza Blumberg.

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