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segunda-feira, 26 de março de 2018

Delegacia investiga se houve abuso em abordagem policial a moradores da Rocinha Duas pessoas foram detidas e um policial ficou ferido.Mulher filmava ação e foi levada para delegacia

Uma investigação vai apurar se houve abuso em uma abordagem policial a um morador da Rocinha, na Zona Sul do Rio, na manhã desta segunda-feira (26). Durante a abordagem a um jovem, na estrada Lagoa-Barra, PMs do 23º BPM (Leblon) também levaram para a delegacia uma mulher que filmou a ação. Em entrevista ao jornal O Globo ela falou que houve violência policial no episódio. Policiais afirmam que foram atacados.
Diante de uma suspeita, policiais militares do 23º BPM (Leblon) abordaram um jovem, identificado como Gilmar, próximo ao Largo dos Boiadeiros, na Rocinham e perceberam que uma mulher, identificada como Ana Letícia, filmava a ação.
Segundo a Polícia MIlitar, os agentes queriam conduzí-la à delegacia como testemunha da abordagem. No entanto, ainda de acordo com a corporação, a ação dos policiais foi interrompida por testemunhas, que estavam em um bar próximo ao local. Eles teriam arremessado garrafas, caixas de madeira, cadeiras e outros objetos contra os PMs.
Duas pessoas foram detidas e um policial foi ferido e conduzido ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Moradora da comunidade há mais de 40 anos, ela contou ao jornal O Globo que foi agredida e algemada pelos oficiais, além de ter tido o aparelho telefônico confiscado à força.Ainda nesta segunda, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançou uma cartilha para orientar os moradores de favelas da cidade sobre como agir durante abordagens das forças de segurança durante a intervenção na segurança pública do estado. O objetivo do material é apresentar os direitos e deveres da população e chamar a atenção para possíveis abusos.
A cartilha esclarece que é o direito de qualquer pessoa filmar ou fotografar a atuação dos agentes de segurança, desde que a segurança pessoal não for comprometida nem atrapalhe a atuação dos agentes. No guia, também é dito que, em hipótese alguma, a pessoa pode ser agredida ou xingada em abordagens e que não deve ser algemada, se estiver cooperando com a polícia.
Ana Letícia e Gilmar foram autuados por desobediência e resistência, tendo os PMs como vítimas do registro na 11ªDP (Rocinha). Ambos foram encaminhados para exames de corpo de delito. A 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar se prontificou a apurar se houve abuso de autoridade por parte dos agentes.
O Ministério Público do Rio afirma que sua Central de Inquéritos está acompanhado o caso e que sugere o uso do 127 para a Ouvidoria do MPRJ quando houver denúncias do tipo.
Operações na Rocinha deixam 9 mortos desde semana passada Em três dias, nove pessoas morreram na Rocinha. Nesta segunda, uma troca de tiros entre policiais e traficantes deixou um homem morto, depois da morte de oito pessoas durante uma operação do Bope na favela no sábado (24). O tiroteio começou durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque (BPChq).
Quatro vítimas tinham passagem pela polícia, três não tinham anotações criminais e um ainda não foi identificado, como mostrou a GloboNews. A PM afirmou que as vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
O jovem Matheus foi uma das vítimas do confronto de sábado na comunidade e foi enterrado nesta segunda. A família do rapaz de 19 anos se mostrou inconformada com a alegação da polícia de que ele teria envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo parentes e amigos, Matheus era dançarino de um projeto social e tinha o sonho de ser militar.
V
árias investigações foram instauradas pela Delegacia de Homicídios da Capital para investigar as circunstâncias das mortes. Dez policiais militares foram ouvidos até na Delegacia de Homicídios e as armas foram apreendidas.
Ainda nesta segunda, imagens mostram uma professora do Ciep Bento Rubião, na Rocinha, com os alunos se protegendo dos tiros, em sala de aula.

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