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terça-feira, 26 de junho de 2018

Vírus da febre amarela encontrou ambiente favorável no Sudeste Artigo assinado por pesquisadores da Fiocruz concluíram que vetor chegou à região mais de um ano antes do surto

A comunidade científica alerta: embora endêmico da bacia Amazônica, o vírus da febre amarela encontrou ambiente favorável no Sudeste do Brasil. Um estudo ao qual o R7 e a RecordTV tiveram acesso concluiu que o vírus que só em Minas Gerais matou 339 pessoas, nos surtos de 2017 e 2018, não veio diretamente da bacia Amazônica, como cogitado anteriormente, e tampouco chegou ao Estado na época das epidemias.

Pelo contrário: o vírus entrou em Minas Gerais há quase um ano do início das mortes. A hipótese é que teria entrado no Sudeste por meio do Centro-Oeste brasileiro. As conclusões estão no artigo "Persistência do vírus da febre amarela fora da bacia Amazônica, causando epidemais no Sudeste do Brasil, de 2016 a 2018", assinado por pesquisadores como o virologista Pedro Augusto Alves, da Fiocruz.

— Como o vírus da febre amarela é endêmico da região Amazônica, uma das hipóteses cogitadas era que o vírus causador dos surtos havia vindo de lá e que tivesse chegado ao Sudeste na mesma época em que apareceram os casos. Entretanto, vimos que isso não é verdade. Um ancestral comum a essa linhagem já estava presente na região em 2015, tendo características bastante semelhantes a uma espécie que circulava nessa mesma época no Centro-Oeste.

O artigo também é assinado pela bióloga Izabela Rezende, doutoranda no Laboratório de Vírus da UFMG, entre outros cienetistas:

— A entrada do vírus no Sudeste foi única, ou seja, ele entrou e se manteve.

Como os pesquisadores chegaram a essas conclusões? Eles fizeram um sequenciamento de amostras de pacientes e de carcaças de primatas afetados pela doença nos dois surtos em Minas Gerais. Em seguida, comparram os resultados do sequenciamento com amostras de diferentes anos e localidades, que estavam armazenadas em um banco de dados. Desta forma foi possível compreender a origem e a forma de disseminação do vírus.

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