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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Anvisa rejeita uso da Coronavac em crianças e adolescentes Agência sanitária concluiu que faltam dados sobre a segurança do imunizante na população mais jovem

Pleno.News - 18/08/2021 20h59 | atualizado em 19/08/2021 11h47 Anvisa rejeitou CoronaVac para crianças Foto: SEI/Hélia Scheppa A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria nesta quarta-feira (18) para negar o uso da vacina CoronaVac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. O pedido havia sido feito pelo Instituto Butantan, produtor do imunizante. No país, a CoronaVac foi aprovada em janeiro para uso emergencial em adultos acima de 18 anos. Apenas a vacina da Pfizer está aprovada para uso em adolescentes brasileiros. A decisão considerou que o perfil de segurança da vacina na população pediátrica não foi suficientemente demonstrado pelo Instituto Butantan nos dados enviados à Anvisa. A agência também apontou dificuldade de determinar a eficácia da vacina para crianças. Os dados até o momento são insuficientes para estabelecer o perfil de segurança na população pediátrica e não permitem conhecimento sobre proteção e duração conferida pela vacina (em crianças). A relação benefício-risco é desfavorável para o uso da vacina nessa população – disse o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes. Mendes lembrou que o grupo de crianças e adolescentes que participaram da pesquisa foi pequeno para chegar a resultados robustos. – Foram 586 participantes. Esse número é insuficiente comparado ao que estamos discutindo e aprovando (para outras vacinas) – disse Mendes. Apesar de os participantes do estudo terem apresentado “resposta imune robusta” quanto à indução de anticorpos neutralizantes, a eficácia da vacina em crianças é desconhecida porque não houve correlação no estudo com a proteção obtida em adultos. A diretora da Anvisa Meiruze Freitas, destacou que os dados de imunogenicidade e do acompanhamento sobre o uso da CoronaVac em adultos não foram apresentados pelo Butantan ainda, o que “resulta em preocupação maior quanto à possível ampliação do uso da vacina (em crianças)”. – São necessários mais estudos e dados para assegurar a eficácia e a segurança da vacina na população pediátrica – afirmou Meiruze, relatora do processo. Ela destaca que um estudo de fase 3, que analisa os desfechos clínicos como infecções e hospitalizações, com número robusto de participantes, será necessário para autorizar uma vacina para aplicação em crianças. – As etapas e protocolos a serem seguidos são como degraus. Não conseguiremos atingir o topo sem vencer cada nível – destacou Meiruze.

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