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domingo, 15 de agosto de 2021

Destaque da seleção brasileira de vôlei sentado foi descoberta em programa de televisão Depois de seis anos longe do esporte por conta de um câncer, Luiza Fiorese foi convocada e vai representar o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio

A seleção brasileira de vôlei sentado chega em Tóquio com a meta de conquistar mais uma medalha em Paralimpíadas. Nos Jogos Rio 2016, a equipe feminina conquistou o bronze em um jogo disputadíssimo contra a Ucrânia. Na capital japonesa, o primeiro desafio será contra o Canadá no dia 27 de agosto. Um dos destaques será Luiza Fiorese, que embarca para a sua primeira participação depois de apenas dois anos de treinamento.O encontro com esporte paralímpico aconteceu no finalzinho de 2018. Luiza foi convidada para conhecer o vôlei sentado depois de uma participação no programa "Encontro com Fátima". No estúdio, a capixaba contou como enfrentou e superou o osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo. Do outro lado da tela, a jogadora Gizele Costa Dias ficou vidrada ao ver uma garota tão alta. A titular da seleção não teve dúvidas e deu um jeito de falar com Luiza. Foi muito engraçado porque eu sou uma espectadora assídua da TV Globo, eu estava zapeando e caí na Fátima Bernardes. E vi aquela garota entrando: deficiente e alta para caramba. Falei: "Eu vou chamar essa menina" - recordou Gizele. A capixaba já tinha sido atleta de handebol, e a saudade das quadras estava apertando. As dores no joelho, sintoma do tumor, surgiram justamente quando ela representava a equipe de sua cidade natal, Venda Nova do Imigrante. No total, foram seis anos afastada do esporte para cuidar da saúde. - Na hora que ela me mandou essa mensagem, eu sabia que era pra mim! Eu sabia que era o momento certo para eu voltar. Eu sabia que já tinha esperado muito tempo - disse Luiza. Por conta do osteossarcoma, Luiza precisou amputar parte da perna esquerda aos 15 anos. No lugar, ela colocou uma endoprótese, o que é a tornou elegível para praticar e fazer parte de uma equipe paralímpica. O convite para participar de um treino de vôlei sentado chegou na hora certa.
Hoje eu não sou mais a menina do câncer, eu sou a menina da seleção brasileira. Não é porque eu tenho um pedaço de ferro dentro da minha perna que eu vou me condicionar a sonhar pequeno. Eu quero sonhar muito grande, quero sonhar muito alto - contou a jogadora.Entre a mensagem convidando para um teste e a convocação passaram-se aproximadamente dois anos - um deles cheio de restrições por conta da pandemia do novo coronavírus. Um período curto para atingir os níveis exigidos no alto rendimento, mas Luiza surpreendeu e deu conta do recado. - Ela é um fenômeno. Em um ano e meio, ela conseguiu evoluir tecnicamente e taticamente de uma forma tão boa, de uma forma tão grande, que vai estar presente conosco nos Jogos de Tóquio - falou Antônio Guedes, técnico da seleção feminina. A 16ª edição das Paralimpíadas será disputada em Tóquio entre 24 de agosto e 5 de setembro. Serão 4400 atletas de 168 países disputando medalha em 22 modalidades. - Eu acho que esse é o bonito do esporte, ele conseguiu devolver a capacidade de me sentir útil de novo, de me sentir... Sentir que os meus sonhos não acabaram - comentou a estreante.

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