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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Homem que atirou rojão em bebê será indiciado por homicídio culposo

A pessoa que atirou o rojão que matou Raphaelly Alvez Rocha da Silva, de 10 meses, na noite da virada, será indiciada por homicídio culposo — quando não há intenção de matar —, de acordo com o delegado Rodolfo Waldeck, titular da 32ª DP (Taquara), que conduz a investigação. O responsável por soltar o artefato já foi identificado pela polícia, que aguarda apenas o resultado da perícia para indiciá-lo. O Código Penal prevê detenção de um a três anos para esse tipo de crime.
— Houve homicídio culposo. Foi um acidente. Já ouvimos os responsáveis pela criança e vizinhos que socorreram e viram o que aconteceu. Ainda essa semana vamos fazer uma perícia para que tudo seja esclarecido — afirma Waldeck.


Para a balconista Vanessa Cristina, de 35 anos, a filha foi "vítima de uma fatalidade". Segundo ela, o rojão partiu de um vizinho que soltava fogos na rua onde a família mora, na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Ao ser atingido, o bebê estava no colo do pai, Rafael Alves de 34 anos, que também sofreu queimaduras nas costas. Ambos foram levados para o Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, mas Raphaelly não resistiu.
— A gente estava se preparando para dormir e a luz apagou, deu um blecaute. Meu marido pegou a Raphaelly no colo e levou ela para a laje da nossa casa. De repente, ele virou para o lado e viu uma bola de fogo. Foi um vizinho que estava soltando fogos na rua desde cedo. Foi um acidente, ele não queria matar minha filha — conta Vanessa.Única filha
A menina era a única filha do casal, que não poderá ter outra gravidez. Quando Raphaelly nasceu, Vanessa teve uma infecção hospitalar e precisou retirar o útero e os ovários. Após enterrar a filha, ela tenta guardar de Raphaelly uma lembrança feliz:
— Ela era uma criança doce, amava o mundo e as pessoas. Era risonha demais. Foi muito bonito ser mãe dela, mesmo que só por pouco tempo.




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