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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Mãe de adolescente esfaqueada diz que não vai esquecer imagem da filha morta: 'Não sai da minha cabeça' Dias após assassinato de Tamires Almeida, de 14 anos, recepcionista conta que está abalada e quer procurar atendimento psicológico, em Goiânia. Suspeito do crime é vizinho da vítima, de 13.

Mãe da adolescente Tamires Paula de Almeida, de 14 anos, morta a facadas nas escadas do prédio onde morava, em Goiânia, a recepcionista Maria Paula de Almeida, de 43, diz que não consegue esquecer o dia em que a filha morreu. Ela recorda que viu o corpo dela e se desesperou. “Não vou conseguir esquecer a imagem dela caída na escada”, afirmou.Suspeito de cometer o ato infracional, um vizinho de prédio e colega de escola da vítima, de 13 anos, confessou ter esfaqueado a menina ao coordenador do colégio. Ele foi apreendido em seguida e está internado temporariamente.
Ao lembrar da morte da filha, Maria Paula disse que, naquele dia, a adolescente se despediu normalmente e saiu para ir à escola. Algum tempo depois ela ouviu gritos de uma mulher que batia contra a parede. Assim, Maria saiu do apartamento para ver o que estava acontecendo.
“Pediram para eu levar uma cadeira para essa senhora. Ela era a mãe do menino que matou minha filha, mas até então eu não sabia. Na hora não estava entendendo nada, a polícia chegou e entraram na escada. Até que vi o chinelo branco dela perto da porta. Me aproximei mais e vi minha filha em cima de uma poça de sangue”, contou.Desesperada, Maria conta que gritava e pedia ajuda para quem estivesse lá, para que verificassem se a menina ainda estava viva.
“Ela morreu sozinha, na escada. Estava tão perto de mim e eu não pude fazer nada. Ela deve ter gritado, pedido por socorro e eu estava a metros dela. Até hoje eu finjo que estou vivendo um pesadelo”, lembrou, emocionada.
A mãe se recordou ainda que protegia a filha de todas as formas possíveis, não permitindo que ela saísse sem supervisão de adultos, ou à noite. Ela conta que tinha muito medo de violência. “Eu não moro em casa por medo de assalto. Não imaginava que estava morando no mesmo prédio que um assassino”, desabafou.
A recepcionista relata que está muito abalada desde então e tem contado com ajuda de parentes e amigos. Ela declara que não consegue mais viver no prédio onde filha foi morta e deve se mudar.
Convencida de que o vizinho premeditou o crime, ela pede para que o autor pague pela morte da filha e tenta entender os motivos do assassinato.
“Não tem motivo nenhum para ele fazer isso. Ela era só uma criança, cheia de sonhos, de vontade de viver. Não o vejo como um doente, vejo como um criminoso. Quero que ele fique preso os três anos, que é o que lei permite. Vou sobreviver para lutar por justiça pela minha filha”, declarou.
Questionada se perdoaria o autor pela morte da filha, ela disse: “Não sei responder isso agora. Ele deu uma facada na boca dela até o queixo. Ele não tirou só a vida dela, tirou a beleza dela também”.

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