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sábado, 2 de julho de 2016

GERAL Crise na Santa Casa de SJB discutida com a sociedade

Entidade pode fechar as portas por falta de dinheiro
Foi aberta há pouco, na Câmara de São João da Barra, uma audiência pública para discutir a situação da Santa Casa de Misericórdia, entidade que atua no município desde 1873 e corre o risco de fechar as portas. Segundo o provedor, Diogo Novas Berto, o repasse do convênio que o hospital mantém com a prefeitura está atrasado desde outubro do ano passado. A dívida hoje gira em torno de R$ 4 milhões.

Participaram da mesa, além dos vereadores e do provedor, a diretora técnica e o economista da Santa Casa, Fabiana de Mello e Jorge Tadeu Gonçalves Ferreira, respectivamente; o secretário Municipal de Saúde, Klaus Lisboa Tavares e a gestora de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da Secretaria de Saúde, Deise Ferreira Alves dos Santos.

Segundo Diogo, em 2003 o hospital constatou que não daria para se manter só com a verba do SUS. Então, a prefeitura se comprometeu a dar um aporte financeiro, que sempre foi cumprido. “Em outubro do ano passado começou a ter atrasos. O hospital conseguiu segurar com a verba do SUS (que não passa de R$ 150 mil/mês), mas agora não está dando mais porque o custo fixo do hospital é de R$ 450 mil/mês. Entendemos que há uma crise no município, mas não temos mais dinheiro e vamos ter que paralisar as atividades se não houver outro jeito", disse o provedor.

O secretário de Saúde destacou que assumiu a pasta há dois meses e tem buscado uma solução. "Estou tentando reduzir custos, diminuir aluguéis, sensibilizando profissionais para atender mesmo sem recursos. Tentamos uma cessão de funcionários públicos para a Santa Casa, mas há uma discordância jurídica. É hora de ter uma união dos poderes para buscar uma solução definitiva", observou o secretário.

Para ilustrar, Fabiana deu um exemplo de como é a tabela SUS. "Uma pessoa internada com pneumonia: o SUS paga R$ 460 por cinco dias de internação. Se a internação durar mais dias, o valor é o mesmo", disse. A plateia fez muitas perguntas.

O presidente da Câmara, Aluizio Siqueira, lembrou que o legislativo convidou os responsáveis pelas pastas de Administração, Procuradoria, Fazenda, Planejamento e Assistência Social, mas nenhuma enviou representante para participar da audiência. “Que solução se pode dar uma audiência pública se não temos os representantes do Executivo aqui hoje nessa discussão?”, questionou o vereador Ronaldo Gomes de Souza. (ASCON)

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