Pais de bebê que morreram em acidente na BR-277 são identificados

Os corpos de mais duas vítimas do acidente na BR-277, em Morretes, no litoral do Paraná, foram reconhecidos como sendo dos pais da bebê encontrada com vida às margens da estrada. De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Paranaguá, nesta terça-feira, são eles: Luiz Carlos Silva, de 27 anos, e Caroline Grassmann Martins, de 22.
O corpo de Luiz Carlos já foi reconhecido por parentes e liberado para os familiares, que devem enterrá-lo em um cemitério no município de Antônio Olinto, no Paraná. Já o corpo de Caroline, que foi reconhecida pelo sogro, permanece no IML aguardando a liberação de um parente de primeiro grau.
De acordo com informações de testemunhas, Luiz Carlos, mesmo queimado, conseguiu tirar a bebê de dentro do carro, antes que o veículo fosse engolido pelas chamas. Os corpos dos pais da criança foram encontrados em uma galeria pluvial. A menina, de 18 dias, segue internada no Hospital Evangélico de Curitiba, onde é acompanhada por parentes.
Em redes sociais, amigos lamentaram a morte do casal e classificaram Luiz Carlos como um "herói" por ter salvo a filha. "Amor eterno desse pai e um herói", apontou um deles. Outro acrescentou: "Luto! Onde estiver, saiba que estamos muito orgulhosos por você salvar sua filha. Meu grande herói, te amarei pra sempre".
Pai e filho
Além do casal, o técnico de som Anderson Luiz Cunha, de 43 anos, e o filho dele, Gabriel Cunha, de 13, também morreram na tragédia. A outra vítima, que seria uma mulher, ainda não foi identificada.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu no domingo, por volta das 18h30, e envolveu 12 veículos, deixando cinco mortos e 15 feridos. O motorista do caminhão-tanque perdeu o controle do veículo e bateu em uma mureta de concreto. O tanque, carregado com álcool anidro, se soltou e avançou até a pista contrária. Mais de 40 mil litros do produto vazaram e incendiaram carros que trafegavam pela pista.
O motorista do caminhão-tanque, que foi ouvido pela polícia, alegou que uma falha mecânica causou o acidente.